quarta-feira, 8 de julho de 2009

By Mariana F. Lavorato

De novo
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Ativismo virtual


O SL é uma plataforma de realidade virtual gratuita, que não precisa necessariamente simular o mundo real, criada pela empresa californiana Linden Lab em 2003. É um mundo virtual de objetivo livre, uma vez que não há demanda ou missão a ser realizada. No mesmo, o usuário é representado por um avatar que anda, voa, tem expressões corporais e faciais. E consegue construir e alterar tanto sua imagem quanto qualquer elemento do ambiente, sem precisar de conhecimentos avançados em programação. Também é possível comunicar-se com os demais usuários através de texto e áudio.
A combinação desses fatores faz da plataforma um meio de comunicação e construção de significados muito acessível e eficaz, na medida em que pode ser usada como instrumento de representação de sentimentos, atos e pensamentos. Por conta dessa acessibilidade e eficácia o SL tem sido utilizado pelos mais diversos interesses, desde pessoas procurando por sexo virtual até grandes empresas buscando visibilidade comercial. Dentro desta vasta gama de indivíduos levantamos a hipótese de que existem aqueles que usam a plataforma de maneira mais consciente e conseguem assim expandir as possibilidades do metaverso e fazer dele um instrumento de conscientização e modificação da sociedade e a partir da pesquisa de campo encontramos um principal exemplo nesse sentido, o grupo AIRE
O AIRE é um grupo ativista ecológico francês que foi criado no SL em Outubro de 2006 e perdura até hoje. Dentro do SL, AIRE é composto por duzentos e treze membros e oferece “exposições, workshops, eventos em todos os campos da arte contemporânea (2D, 3D, música, design, arquitetura, ...) em torno da noção de arte, bem como da temática Ecologia transacional: natural, social e psicológica.” [Extraído da descrição do grupo no site http://aire-europe.org/. Tradução da Autora.]. Sua landmark, ou seja o território, pertencente a eles no metaverso¹ localiza-se no endereço: AIRE - Arte transacional, Walden (22, 212, 21). Na vida real o AIRE é uma organização sem fins lucrativos que existe desde 1996 e tem sua cede na cidade de Moulins, na França. O grupo também possui o site citado acima, que pode ser visualizado em francês e inglês. O responsável pelo grupo tanto no SL quanto na vida real é o artista de multimídias, Marc Blieux cujo avatar chama-se Marc Moana.
Segundo Blieux e também como é descrito no site, o AIRE realizou sua primeira ação ativista artística no Second Life, intitulada EP-AIRE, em dois dias de mobilização ambiental.


Acão direta em 3D
O primeiro ato ocorreu no domingo, 22 de Abril de 2007, dia do primeiro turno das eleições presidenciais na França, na qual um dos candidatos era José Bové, líder esquerdista do movimento antiglobalização² que detém a simpatia da grande maioria dos ecologistas franceses e havia decidido se candidatar tardiamente. Nesse mesmo domingo era comemorado o Dia da Terra, evento que tem como objetivo despertar a consciência global para a preservação e a conservação do meio ambiente. Foram espalhados, em três movimentadas landmarks, dezenas de barris de lixo radioativo prontos para explodir, que liberavam fumaça verde e folders com mensagens contra a utilização de energia nuclear.
Opa!
By Mariana F. Lavorato
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A escrita da Luz


Captar e fixar imagens são as principais características da fotografia jornalística, transformando-a, aparentemente, num atestado de “verdade”. Essa credibilidade ingênua do olhar torna a imagem fotográfica testemunha da dissolução do tempo real, e como símbolo de ausência, porque quando a imagem se transforma em foto, o acontecimento não existe mais, ficando assim somente o registro do acontecimento.
Como meio de comunicação cultural, a fotografia jornalística tem um papel ativo sobre o comportamento da sociedade, quando divulgada pela imprensa por se tratar de um registro único do acontecimento em tempo real.
James Nachtwey. Syracuse

by Mariana F. Lavorato


James Nachtwey

Considerado o maior fotojornalista de guerra da atualidade, o americano James Nachtwey registrou com suas lentes os principais conflitos armados desde 1984 com o propósito de atrair a atenção das pessoas para os problemas que envolvem uma guerra. Viajando mundo afora, James registra coisas que poucas pessoas viram, o que faz com que suas fotografias sejam instrumento de paz e de crítica social. A qualidade fotográfica e o papel social de James Nachtwey deram origem ao documentário War Photographer (2001) do diretor Christian Frei, que mostra com riqueza de detalhes o trabalho desse americano que tem dedicado e arriscado sua vida pelo fotojornalismo. O documentário War Photographer, sobre o trabalho de James Nachtwey, foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário no ano de 2002.

terça-feira, 7 de julho de 2009

O Buraco é mais embaixo

Por Luíza Medeiros
Outro dia estava lendo matérias em um site que publica artigos bem interessantes e acabei ficando especialmente incomodada com um que li. Ele falava dos “maltratos sofridos pela língua portuguesa”. Até aí tudo bem, os exemplos dados foram realmente absurdos. Porém, a maneira como o assunto foi abordado foi completamente preconceituosa, uma vez que generalizava a população brasileira como ignorante e sem cultura, sobretudo aquela parcela que utiliza o ensino público. Além disso, atribuía uma responsabilidade exagerada à má qualidade dos programas de TV. Ainda que esses fatores contribuam sim, na minha opinião, não são tão decisivos como colocado.
Concordo que são realmente lamentáveis os erros mostrados e que demonstram como nossa língua tem sido mal ensinada e utilizada no nosso país! No entanto, considero muito simplista atribuir essa precariedade apenas ao governo e à suas medidas relacionadas à educação e principalmente a programas como BBB. É uma realidade que o sistema público de ensino do Brasil é muito deficiente e não oferece estímulo aos alunos, mas não é essa a única causa das "pérolas". Digamos que o "buraco é um pouco mais embaixo." Como esperar um foco maior nos estudos por parte de alunos que tem consciência que dificilmente terão condições de cursar uma faculdade (seja essa pública ou particular) e cujos pais muitas vezes não tiveram oportunidade de ter um bom estudo e acesso à cultura para passa-la aos filhos? É triste admitir, mas o foco nos estudos é muito maior quando essa já é uma cultura enraizada na família em que pertencemos. E, de fato, no Brasil essa realidade ainda é pouco frequente. É fácil julgar os outros levando em consideração apenas as circunstancias em que fomos criados e as oportunidades que nos foram dadas sem pensar nas dificuldades encontradas por essas pessoas que, nem sempre, têm condições de superá-las. Lógico que desconsidero aqui as pessoas que tiveram sim oportunidades e que não apresentam um mínimo de esforço para aproveita-las! Essas sim estragam nossa língua voluntariamente.
Atribuir todos esses problemas a programas de TV é pior ainda! Quem foi que disse que programas como BBB têm o intuito e a obrigação de educar as pessoas? São puramente focados no entretenimento e assim devem ser considerados! Não faz sentido se achar mais culto por não assistir BBB ou considerar burros aqueles que o fazem. O problema não é se entreter com o programa, mas sim considera-lo prioridade, não reservando outros momentos para assistir ou ler algo mais produtivo, por exemplo.

Vírus: O perigo dos Boatos nas Empresas


Por Luíza Medeiros

“Tomar um cafezinho, pode ser bem menos inofensivo do que parece à primeira vista. É nesse momento que, muitas vezes, um comentário mal interpretado pode se desencadear uma crise sem procedentes. Os rumores, assim como o vírus, circulam de boca em boca e, se não identificados logo, podem sair do controle e ser altamente destrutivos. Se o ambiente de trabalho fica contaminado por incertezas, cai a produtividade e, conseqüentemente, o faturamento da companhia...”
Esse foi apenas um aperitivo sobre o que é falado no livro Vírus: O perigo dos Boatos nas Empresas, do autor espanhol Ferran Ramon-Cortés. Nascido em Barcelona, Ramon-Cortés é formado em Ciências Econômicas e Empresariais em uma das 10 melhores escolas de negócios da Europa, a ESADE. Mas foi na publicidade que ele encontrou sua vocação, depois de uma breve experiência no campo do Marketing. Nos últimos anos dividi seu tempo entre o estudo da comunicação pessoal e a atuação em uma agência de publicidade.
Nesse livro, são explorados os perigos que os rumores podem representar para as organizações. O assunto é abordado através de uma ficção, feita em primeira pessoa, em que o próprio Ferran Ramon-Cortés tenta ajudar um amigo a resolver os problemas que enfrenta em sua empresa.
Em Vírus: O perigo dos Boatos nas Empresas é feita uma analogia entre a epidemia de uma doença infecciosa na pequena ilha Saint John no Caribe e a “epidemia de boatos” que se espalha na empresa de Alberto, amigo de Ramon-Cortés.
O autor ainda propõe uma “vacina” para controlar os prolbemas com a comunicação: 8 acções que podemos levar a cabo, todos e cada um de nós, nos nossos respectivos empregos, para conseguir uma boa comunicação interna e imunizarmo-nos contra os rumores.