sexta-feira, 3 de julho de 2009

Google diz não dominar a internet

por Luiza Vale

O Google responde por cerca de dois terços do total de buscas realizadas na internet. Controla o maior dos sites de vídeo, o YouTube, cuja popularidade supera em mais de 10 vezes a de seu concorrente mais próximo. E, no ano passado, a empresa faturou quase US$ 22 bilhões com publicidade, valor superior ao de qualquer outra empresa mundial no ramo da mídia. Dadas todas essas riquezas, e muitas outras, como é que se pode considerar o Google uma empresa relativamente pequena, vulnerável à competição e sujeita a viradas radicais de destino a qualquer momento?


O Google iniciou essa ofensiva de relações públicas porque está em meio a um traiçoeiro rito de passagem que as empresas de tecnologia poderosas sempre precisam enfrentar: as autoridades regulatórias agora observam com atenção todos os seus movimentos. Alguns analistas afirmam que a oposição do governo, nos Estados Unidos ou na Europa, pode representar maior ameaça ao sucesso continuado do Google do que as ações de qualquer concorrente empresarial.


Alguém duvida que o Google não está preocupado em fazer o melhor pelos usuários? Quero dizer, pelos consumidores?


Se, por um lado, devemos reconhecer algumas das práticas do Google para proteger a privacidade dos usuários, por outro, é importante fazer ressalvas e criticar a empresa pelo volume imenso de informações queela recolhe quanto aos consumidores.


É obvio, que se está cada vez mais vigiado, o Google irá alegar que não é tão grande assim.



Mas se empresas como AT&T, IBM, Intel e Microsoft sofreram o mesmo processo e sobreviveram à crise do antitruste, certamente, não deixaremos de dizer o mesmo sobre a Google.


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