domingo, 31 de maio de 2009

Culpa? Talvez sim...

Por Camila Lima
Relendo os textos que foram postados por meus colegas, pude notar que a violência predomina entre os temas, e resolvi tecer meus breves comentários.

A vida moderna é dinâmica e marcada pela correria de todo tipo de pessoa. Estudar muito, trabalhar muito para que seja possível conquistar cada vez mais: conquistar empregos melhores, os melhores cargos e, também, os melhores bens.

Vivemos em uma sociedade desigual, onde grande parte das riquezas está concentrada nas mãos de uma minoria. Pode parecer distante de nós, mas muitas pessoas têm condições subumanas de moradia, alimentação e vestuário. E é revoltante pensar que muitos universitários, que têm tudo do bom e do melhor dentro de casa, reclamam quando o cardápio do almoço é repetido na mesma semana.

A mim revolta, também, saber que cachorros são tratados como pessoas. Tenho minha cachorra, gosto muito dela, mas a trato como o animal que é. Um animal, nada além! E saber que cachorros são mais bem tratados do que crianças me traz um certo desânimo em relação aos homens e aos valores que eles fazem e dão à vida humana.

Em uma época onde quase tudo é cultura de massa, o consumismo é incentivado a todo momento. Entretanto, conforme evidenciado no início, a sociedade é desigual: uns têm muito mais do que os outros. E algumas pessoas, dotadas de menor capacidade de discernimento e, relativamente, alienadas pela cultura de massa, querem ter aquilo que são incentivadas a consumir. E é nessa busca por ter, que muitos apelam para a violência. E o sentimento de culpa, por mim, é plenamente possível e aceitável. Culpa por fazermos parte dessa sociedade, estarmos acomodados protegidos pelas paredes de nossas casas e não fazermos nada pra mudar a realidade.

sábado, 30 de maio de 2009

Pagando pelos outros

por Betânia Barros

Um estudo realizado por órgão coordenado por Kofi Annan aponta que as mudanças climáticas matam cerca de 315 mil pessoas por ano. O estudo estima que a mudança climática afete 325 milhões de pessoas por ano e que em 20 anos esse número irá dobrar.
E o pior: segundo o estudo, a população mais afetada é a dos países em desenvolvimento.

Uma população de 500 milhões de pessoas é considerada a mais vulnerável por viverem em países pobres propensos a secas, inundações, tempestades, elevação do nível dos mares e desertificação. Dos 20 países mais vulneráveis, 15 ficam na África.
Exemplos desses desastres foram e podem ser vistos nos noticiários dos últimos meses. O desastre em Santa Catarina e, mais recentemente, as chuvas no nordeste e a seca no sul do país, causaram milhares de mortes somente no Brasil.
O mais triste não é saber que todos nós seremos atingidos e que nossos filhos poderão sofrer com a escassez de água e com temperaturas elevadas; é pensar que os países que mais contribuem para essas mudanças são apontados como os menos atingidos, é saber que os mais vulneráveis a esses desastres são aqueles que já sofrem com a indiferença mundial.

Pra quê servem os neurônios a mais??

por Renata Delage

Estava vendo o Jornal Hoje, da Globo, um dia desses e o Evaristo e a Sandra estavam discutindo quem era mais inteligente: o homem ou a mulher. Pensei: “Lá vem aquela história dos não sei quantos neurônios a mais...”. Mas desta vez, o resultado foi bem diferente. Vejam só no que deu:
“Uma pesquisa analisou durante um ano 137 mil notas de 22 mil estudantes de uma universidade do Rio. Resultado: a nota média das mulheres foi 3% superior a dos homens. E na análise de 12 tipos de inteligência, elas se saíram melhor em nove. O estudo usou como base a teoria das inteligências múltiplas, desenvolvida por um neurologista americano. E relacionou os diferentes tipos de inteligência. Eles se destacaram em apenas três. Elas, em nove.
Enquanto os homens têm maior compreensão matemática, as mulheres possuem mais facilidade de se expressar pela escrita e pela fala; e maior entendimento de questões filosóficas. Eles mostraram mais capacidade para entender mapas e se localizar no espaço. Elas, por sua vez, para desenhar, para a música e para usar os conhecimentos no meio ambiente.
Os homens se saíram melhor na inteligência corporal, as atividades que necessitam de força. Já as mulheres venceram na inteligência emocional, no autoconhecimento, na capacidade de se relacionar com os outros, e de equilibrar competição e qualidade de vida. O estudo foi feito pelo professor de matemática e estatísticas, José Abrantes.”
Indiscutível! E então, meninos, pra quê servem os neurônios a mais?

sexta-feira, 22 de maio de 2009

O e-mail

Por Betânia Barros

Em um domingo, depois de acordar tarde e ficar o dia inteiro de pijamas, liguei o computador para checar meus e-mails. Tinham alguns poucos interessantes, spans e malas diretas. Mas um em especial deixou aquele dia e eu, claro, muito emocionada.
Era de uma grande amiga, com que eu encontrara há poucos dias atrás. Era uma amiga de infância e estava passado por problemas pessoais e se abrira apenas comigo, me deixando feliz e honrada pela confiança. Era aqueles e-mails que nunca abrimos, feitos com power point. Mas esse eu abri.
No começo, achei que fosse uma besteira ou mais uma daquelas correntes, mas fui me emocionando a cada pedaço do trecho. O texto era lindo, sobre a amizade entre as mulheres, e a cada parte que lia eu identificava umas de minhas amigas na descrição. Uma era a mandona, outra a chorona, a estressada, a apaixonada, a sumida.
O e-mail pareceu grande, foi o tempo de toda uma reflexão, um tempo em que pude repensar minhas verdadeiras amizades. E me emocionei. Me emocionei como a muito tempo não me emocionara. O dia todo fiquei com os olhos vermelhos, e a cada vez que eu relia as lágrimas voltavam.

Foi o e-mail mais lindo que eu já li.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Troféu Abobrinha de Futebol

Por Renata Delage

Para nós, amantes do esporte, muitas vezes as entrevistas de atletas e dirigentes acabam se tornando uma tortura. Quem nunca se deparou com um verdadeiro assassinato da língua portuguesa no intervalo da partida do seu time de coração? Ou então, não ouviu aquela “pérola” na entrevista com o craque da equipe? Preparem-se para o show de horror!
Podemos começar pelo nosso querido (ou quase isso) técnico da seleção. “Queremos que o Brasil vença e ganhe”, disse Dunga, na entrevista para o Terceiro Tempo. Ora, o curioso seria vencer e perder ao mesmo tempo. Digamos que a redundância do técnico deve ser encarada como um erro leve, comparado ao que está por vir. Que tal o Souza, que falou o seguinte no Jogo Duro na temporada passada, na qual atuou pelo São Paulo: “O novo apelido do Aloísio é CB, Sangue Bom”.
O “cabo de guerra” entre jogadores de futebol e língua portuguesa não é coisa recente. Nunes, ex-atacante do Flamengo, teceu uma beleza de comentário antes do jogo de despedida do Zico: “Tanto na minha vida futebolística quanto com a minha vida ser humana”. Merece até licença poética essa. Ainda na década de 80, Nunes completou: “A bola ia indo, indo, indo...e iu”. Jardel, ex-jogador do Vasco e do Grêmio não ficou para trás: “Eu peguei a bola no meio de campo e fui fondo, fui fondo, fui fondo e chutei pro gol”. E o Jardel também protagonizou outras gafes: “Que interessante! Aqui no Japão só tem carro importado”, e pior, “Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe”!
Erros matemáticos e geográficos também são comuns. Fabão, quando chegou ao Flamengo, demonstrou-se apaixonado: “A partir de agora meu coração só tem uma cor: vermelho e preto”. E Claudiomiro, que jogou pelo Internacional de Porto Alegre em 72, disse ao disputar uma partida em Belém do Pará: “Tenho o maior orgulho de jogar na terra onde Cristo nasceu”. E podemos ir além do Brasil. Até o Benfica de Portugal não saiu ileso no comentário histórico de seu jogador João Pinto: “O Benfica estava à beira do precipício, mas tomou a decisão correta, deu um passo à frente”. E caiu?
Mas o campeão do Troféu Abobrinha de Futebol é o eterno presidente do Corinthians, Vicente Matheus. E essas são só algumas: “O difícil, como vocês sabem, não é fácil”, ou “Haja o que hajar, o Corinthians vai ser campeão”, ou ainda “Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático e gramático”, e por fim “'O Sócrates é invendável, inegociável e imprestável”.
Tudo bem que os caras estão ali para jogar bola, ou para praticar qualquer outro tipo de esporte que seja, mas o telespectador não merece ouvir tanta bobagem. O atleta tem que falar em público, portanto, o mínimo de preparo pode evitar tanto vexame.

domingo, 17 de maio de 2009

Yago e Eu

Por Thaís Pires

Ispirada pelo filme "Marley e Eu", baseado no livro de John Grogan, senti que tinha que escrever sobre meu cachorro, porque me indentifiquei bastante com a história e nunca chorei tanto em um filme. Pode parecer um assunto bobo, mas é que no filme/livro, John Grogan conta que é jornalista e acaba recebendo o cargo de colunista (e não de repórter como ele queria) no jornal onde trabalhava. Sem saber o que escrever em sua coluna, arrisca a contar as sua incriveis aventuras com seu cão, o Marley, que fazia coisas impossíveis (tem que ver pra crer).


É claro que meu cãozinho, o Yago, não chega a ser nem a metade de bagunceiro que foi o Marley, mas ele já fez coisas que um cão realmente bagunceiro faz. O Yago é um Lhasa Apso, uma raça calma e obediente. Mas nem sempre é assim, ele realmente é bem calmo as vezes, dorme bastante, mas quando arruma uma confusão...o que não pode (e eu brigo muito em casa por causa disso) é esquecer que ele existe e não ficar de olho nele, porque se não ele apronta poucas e boas. Como da vez em que comeu todinha a extensão do computador, todinha mesmo, até desencapar o fio e até o proprio fio. Já rasgou todas as extremidades da poltrona da sala; adora revirar o lixo do meu banheiro e comer todos os papeis; sem falar de todas as havaianas que ele já estragou. Bem, ele não pode ver uma meia, principalmente se for usada. Na verdade, a maioria das coisas que estão no seu caminho e que chamam realmente sua atenção, ele come! Sua desobediencia é revelada na hora de fazer xixi, o Yago é um cão muito inteligente, sabe que tem que fazer no jornal e faz, mas as vezes, por preguiça ou sem vergonhice mesmo, ele faz xixi no carpete do corredor (alias, ele sempre amou o carpete, foi bem dificil faze-lo parar de fazer xixi nele).



Mesmo com todos os seus defeitos, Yago é meu cãozinho, meu filho e a cada dia sou mais apaixonada por ele. Eu sempre gostei de cachorro, acho que eles trazem alegria para uma casa e muitas vezes nos ensinam a viver. É sério quando digo que não gosto de gente que não gosta de cachorro (desculpe se alguem assim está lendo, mas não gosto mesmo). Os cães são perfeitos companheiros e amigos e é tão facil amá-los pra sempre.

O livro me deixou uma mensagem que me fez refletir ainda mais sobre o papel dos cães em relação a nós e foi pro isso que quis escrever sobre o Yago. Cito agora o que o autor diz que mais me marcou:

"Seria possivel que um cachorro - qualquer cachorro, mas principalmente um absolutamente incontrolavel e maluco como o nosso - pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade. Coragem. Devoção. Simplicidade. Alegria. E tambem coisas que não tinham importancia. Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou clesse, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não."

Depois de ler isso, é o que faço todos os dias, dou meu coração ao Yago e sei que ele retribui. Com isso, se você tem um cão, respeite-o, ame-o, que ele merece. Se você não tem, tenha se puder ou quando puder, vale muito a pena!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Que time é esse?

por Lucilia Bortone




Quem costuma acompanhar a Superliga de vôlei passou a estranhar que de uns dois anos para cá as redes (aberta e paga), que detém os direitos de transmissão da competição, passaram a omitir o nome das equipes. Nada de Santander/São Bernardo, Tigre/Unisul e Cimed – os nomes registrados legalmente dessas equipes e os mesmos utilizados na inscrição em competições. Mas Brasil Vôlei, Joinville e Florianópolis. 
A decisão de não dizer o nome real das equipes não se sabe de onde partiu, mas supõe-se que seja o fato de não ter um acordo entre a tv e os patrocinadores. Decisão polêmica entre os amantes do esporte que se acostumaram a ouvir o nome correto de seus times – equipes que têm um histórico dentro do voleibol, uma tradição de anos e alguns até de décadas, e que perderam um pouco de sua identidade com o torcedor. Como chamariam hoje o time vitorioso da Pirelli?
Essa brincadeira levou a mais uma baixa no voleibol. Depois de anos de conquistas, a equipe da Unisul não existe mais. O projeto da Unisul no voleibol profissional começou há 10 anos e transformou a equipe numa das mais tradicionais no cenário nacional. Com o rompimento com o patrocinador Tigre S/A, a universidade decidiu cortar o investimento na modalidade, já que não teria condições de manter o time profissional. Mas esse não foi um dos maiores motivos.
Em comunicado divulgado à imprensa, a Unisul garantiu que a falta de visibilidade para o nome da universidade nos meios de comunicação foi fator decisivo para a desistência da instituição em patrocinar o voleibol. “Ultimamente, a UNISUL, para manter uma equipe competitiva, aceitou reduzir o seu nome no uniforme dos atletas e até em placas publicitárias, e preferiu silenciar-se diante da decisão da emissora de televisão, exclusiva na retransmissão dos jogos, de omitir o seu nome na identificação da equipe”.
A boa notícia pelo menos vem do antigo patrocinador da Unisul, a empresa Tigre S/A afirmou que irá conversar com o técnico da Tigre/Unisul, Giovane Gávio, e decidirá se vai continuar a investir no voleibol em Joinville – cidade onde o time Tigre/Unisul realizava jogos e treinamentos.  Com a saída da Unisul, permanecem na Superliga outras duas universidades do sul do país a Ulbra e a Universidade de Caxias do Sul (UCS). 
Mas até quando as equipes aguentarão ter seus nomes omitidos nas transmissões das partidas? Sem contar que na tv aberta só ganham espaço as equipes que chegam na fase final da competição.

Vídeo da UnisulTV (http://www.unisultv.com.br/)

Comunicado da Unisul divulgado em 11/05/2009: http://www.tigreunisul.com.br/notice/show/id/699

terça-feira, 12 de maio de 2009

Mais uma vez, a violência...


Por Bruna Oroña


Uma coisa que acho super interessante no blog é a possibilidade de lermos um texto e poder falar sobre ele, concordando ou discordando...
Lendo estes textos vi que o tema mais frequente, infelizmente, é a violência.
Resolvi abordá-la também, inspirada no texto da Débora e retratando os dias que passei no Rio de Janeiro.

Eu amo o Rio, recanto da beleza, da mistura de raças, cores e sabores. Recanto do carnaval, do futebol, da praia do sol. E como diz o cantor "continua lindo"; lindo e violento. E confesso que tenho medo.
Fiquei na casa da minha tia em Copacabana que fica em frente ao morro do Pavão Pavaozinho e sem dúvida, como dizem ironicamente minhas primas "é uma emoção a cada dia".
Sinto tristeza em ver uma cidade tão maravilhosa, uma das mais lindas que já conheci tomada pela violência e pelo tráfico de drogas. Na manhã de sexta feira a rua estava tomada pela polícia, fiquei assustada mas soube que era por causa do Comitê Olímpico que estava lá. Neste momento haviam repórteres, jornalistas e curiosos. E o centro de controle urbano do Rio levando os "muleques" que estavam lá para o abrigo. O Demlurb varrendo as ruas. Tudo funcionando na mais perfeita harmonia. Mas só é assim na frente das câmeras. Na verdade, a realidade é outra.
Os moradores vivem com medo. Assustados. Presos dentro de suas próprias casas. Vivem restrito a horários. Vigiam a rua e a movimentação no morro para ver se podem ou não sair de suas casas.

Até quando seremos reféns da violência? Até quando essa realidade será dominada pelo tráfico? E os inocentes que vivem no morro? Serão livres algum dia?

E o que será daqueles "muleques" que o controle urbano recolheu das ruas?

A estes questionamentos a todo instante buscamos as respostas. Respostas urgentes. Respostas latentes, que se não vierem rápido farão a Cidade Maravilhosa se transformar no recanto do medo.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Culpa não!

por Débora Lemos

Lendo as postagens dos meus coleguinhas vi a que a Marina escreveu “Perdeu, preibói” . Até aí tudo bem... e foi quando me deparei com um comentário que me revoltou. A Mari (não a Marina!) que me desculpe, mas culpa???? Daí pra frente não conseguia nem mais concentrar no resto da matéria.
Ontem vi uma reportagem na Record sobre a criminalidade e o nascimento do tráfico nas favelas. Sensacionalismo à parte foi muito esclarecedora.... e chocante( no sentido que a repórter tirou o sapato de salto em que foi na favela e entrou em uma casa alagada descalça!).
Alguns dados que descobri: a maioria dos jovens traficantes tem entre 12 e 17 anos. Muitos começam com 11. A brincadeira preferida deles é fora-da-lei. Os ídolos são os traficantes e donos dos morros (Não Pelé, presidente, professor, cantor). O sonho deles é serem donos das “bocas”. Eles se sentem no direito de nos roubar, porque acham que não damos nada para eles. As mães arrumam empregos para eles e eles desistem porque dá muito trabalho. Eles podem até entrar nessa vida por falta de escolha, mas permanecem porque querem. O dinheiro que conseguem é muito mais fácil e rápido do que se trabalhassem. Chegam a ganhar 400 reais por dia. São livres tanto quanto nós para investirem, colocar na poupança. Mas não. Compram drogas, tênis Nike, armas.
Com isso saliento duas discordâncias com a matéria da Marina: Primeiro, os materiais roubados tem sim valor para as pessoas. Segundo: Os assaltantes provavelmente têm mais condições de comprarem de novo do que nós.
E culpa Mari? Não posso dizer que com você é o mesmo que comigo, mas... Meus pais trabalham duro todos os dias, deixam de tirar férias, esticam dinheiro para lá e para cá, pagam as contas, impostos, etc, etc, etc... Com muito trabalho (que não inclui vender drogas para os outros) conseguem comprar o que nós, filhos, queremos. Me desculpe se quando vem uma pessoa que não fez nada para merecer e me toma isso, eu não me sinto culpada. Sinto revolta. Raiva. Ódio. Mas culpa não! E muito menos vou lutar por alguém que está lutando comigo.

Até onde vai o seu preconceito?

Por Gabriela de Carvalho

“Preconceito é um juízo preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude discriminatória perante pessoas, lugares ou tradições considerados diferentes ou "estranhos". Costuma indicar desconhecimento pejorativo de alguém, ou de um grupo social, ao que lhe é diferente.”
Essa é definição clara da palavra preconceito. O preconceito pode partir de uma ignorância, ou seja, o não conhecimento do outro, de algo diferente. Geralmente, as formas mais comuns de preconceito são raciais, sociais ou sexuais. O preconceito se baseia em generalizações superficiais, em aparências e empatia, diante dessas generalizações, criam-se os estereótipos.
Foi esse preconceito, baseado na aparência “diferente”, que levou milhares de pessoas a reverem seus conceitos (ou pré-conceitos) durante o reality show “Britains Got Talent”, o American Idol britânico.
Susan Boyle, uma escocesa de 47 anos, sonhava em ser cantora, mas nunca havia tido uma oportunidade de tentar. Foi então que resolveu se inscrever no programa. No dia em que foi se apresentar, a platéia, e até mesmo os jurados, reagiram de uma forma totalmente preconceituosa à aparência de Susan. Por não ser nenhum modelo de beleza padrão, ela foi recebida com risos, deboches e desconfiança, como se sua aparência fosse o suficiente para medirem seu talento.
Foi aí que a voz da escocesa surpreendeu a todos. Quando começou a cantar, ninguém parecia acreditar no que ouvia, e quando sua apresentação terminou, ela foi aplaudida de pé. E assim Susan Boyle conquistou o respeito e admiração de milhares de pessoas em todo o mundo. Hoje, a antiga desempregada se tornou uma verdadeira celebridade e a principal candidata a vencer o programa.
Esse foi apenas um dentre os milhões de exemplos cotidianos de preconceito. Casos como o de Susan mostram ao mundo que julgar por aparências ou primeiras impressões é apenas uma forma ignorante e ultrapassada de agir, um erro que há anos caracteriza a superficialidade humana.

Confiram o vídeo.
http://www.youtube.com/watch?v=xRbYtxHayXo