rodrigo souza
fui tomar umas com uns amigos hoje. tinha que resolver alguns assuntos e marcamos naquele mesmo lugar de sempre. como já tava ficando meio frio, fomos um pra cada canto mais cedo. e às 18h em ponto estava lá eu, sentado no ponto de ônibus. não que ele passe especificamente neste horário. antigamente ele passava, disse um velhinho ao meu lado.
depois de esperar uns vinte minutos e nada de passar um ônibus, resolvi voltar pra casa a pé. ainda era cedo e havia uma ínfima possibilidade de ser assaltado. no caminho, vi vários outdoors sobre o dia dos namorados.
o dia dos namorados é umas daquelas datas comerciais, assim como o dia das mães, o dia das crianças, o dia dos pais - e, por que não os aniversários, a páscoa e o natal? parece que essas datas são para nos lembrar que temos que demonstrar amor às pessoas próximas de nós. temos que dar abraços, carinho, desejar tudo de bom, felicidades. e demonstrar isso com presentes, é claro!
compramos roupas, livros, perfumes, dvds como forma de representar o que sentimos por alguém. e o quanto mais caro for o objeto, maior é o amor que se sente - e maior o sacrifício para pagar as várias parcelas do cartão de crédito. é uma verdadeira fetichização do amor.
e, depois, tudo volta ao normal. o clima romântico dura somente um dia. afinal, uma hora temos que voltar a pensar em todos os problemas do mundo, ter novamente todo aquele stress cotidiano, brigar com a namorada, o pai, a mãe e o irmão, até que a próxima data estabelecida pelo comércio para amar finalmente chegue. e tudo se reconcilie novamente. com presentes, é claro.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
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