Na vida, você pode fazer diversas escolhas. Essas escolhas geram ciclos e um desses ciclos é o cliclo da profissão.
Quando se é jovem e tem a difícil tarefa de escolher qual curso irá fazer, muitas pessoas sem saber para onde ir seguem o "divertido" caminho de ser um comunicador social. O vestibular não é lá o mais difícil e você pode cursar uma Universidade Federal. Quem não sabe o que fazer vira jornalista. Fácil assim.
Qualquer um pode ser jornalista sem compromisso com a informação e com o leitor e é assim que o ciclo se inicia.
E é por essas e outras que o faro jornalístico está se perdendo. Claro que fatores como o deadline, a relação do jornalista e fonte contribuem para uma aproximação excessiva entre os dois, mas o jornalista que investiga e vai além dos oficialismos está cada vez mais deixando de existir.
Portanto, deixo aqui expressa minha indignação e dou início a uma campanha contra a extinção dos "bons jornalistas". Essa espécie que antes era encontrada em praticamente todas as redações, hoje se limita a pouquissímos lugares. Muitos especialistas consideram como fator crucial a destruição do habitat natural dos "pupilos": o curso de Comunicação Social ou afins. Quando nós, alunos, iremos parar para refletirmos sobre o curso que está nos sendo oferecido?
Ficamos cada vez mais acomodados a não termos professores de qualidade ou professores que não comparecem à aula. É cômodo. Não temos aula, ficamos em casa e nos formamos mesmo assim.
Desta forma o conhecimento não é adquirido e entramos no mercado de trabalho com a "cara e a coragem". O ciclo se fecha. Escolhas ruins geram profissionais frustrados, que não cumprem bem seu trabalho.
E o ciclo não para. Esses profissionais frustrados que não desempenham bem seu trabalho passam a ser desvalorizados gerando uma falta de credibilidade da profissão e o seguinte pensamento dos grandes chefões da comunicação: "se um cara que formou em uma universidade não rende aquilo que deveria eu posso colocar uma outra pessoa aqui que faça o mesmo trabalho que ele e que não receba tanto."
Nessa fase o ciclo gera a não necessidade de ser diplomado para exercer uma profissão tão importante quanto a de ser jornalista.
Caros colegas, o aprendizado tem que ser feito agora. Cobranças, tropeços, acertos, ingenuidades. A malícia de jornalista também é de certa forma apreendida na faculdade, quando participamos da vivência deste ambiente, quando nos relacionamos com nossos professores e colegas.
Um curso em uma Universidade como a nossa não deveria formar técnicos, mas sim mentes pensantes. Mentes brilhantes.
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