Quem procura, acha

Por Luiz Felipe Saléh

Nós, estudantes de comunicação, ou freqüentadores da faculdade de comunicação estamos cansados de ouvir: “Big Brother é isso, Big Brother é aquilo”. E realmente, as críticas procedem. Conteúdo ruim, qualidade técnica excelente. Vale ressaltar, tem gente lá dentro que faz um bom trabalho. Mesmo assim é ruim.

Hoje (terça), há poucos minutos atrás (01h23), para ser mais exato, me lembrei da riqueza de conteúdo que a gostosa televisão pode nos passar. Por alguns instantes esqueci da maioria do lixo que é veiculada por ela e me deliciei com um programa que eu diria, agora, ser um exemplo. Refiro-me ao Programa Profissão Repórter, da Rede Globo tão criticada. Isso mesmo, virou sobrenome: REDE GLOBO TÃO CRITICADA DA SILVA.
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Muito se fala em ética, em razão social e, hoje, vi entre os “reclames do plim plim” uma das matérias que mais mexeu comigo até então. Provavelmente me sensibilizou, porque tratou de um assunto, um dilema que margeia meu cotidiano de maneira bastante frequente (meu Word insiste em colocar a trema). O tema do Profissão Repórter de hoje (terça), espero que todos meus coleguinhas tenham assistido, foi a lei seca. O programa reviveu acidentes, que há muito tempo aconteceram, por causa da embriagueis dos condutores. Ao apurar os casos, como todo bom jornalista, os bonitinhos (sem aspas) da Globo foram procurar os dois lados da história.

O que se viu foi o constrangimento na voz dos acusados. E isso, senhores, é mais didático que qualquer “videozinho” (com aspas) que a TV Escola poderia fazer. Gosto do conteúdo da TV escola, mas isso não vem ao caso agora. Pensar, que algumas das vezes em que saí de carro e bebi, eu poderia ter causado algo parecido. Ou quando deixei amigos meus fazerem o mesmo. Isso me dá arrepios. Não sou um completo irresponsável. Nunca, ou, há muito tempo não saio de carro sem condições de dirigir. Para tomar multa sim, mas não causaria um acidente. Sei que todos dizem isso, mas eu, sou um cara sério (risos, de canto de boca, já que o assunto é sério).

Bom, se chorei ou se bebi, isso não importa. O importante é que emoções eu vivi. Desculpe Roberto, mas a frase coube como uma cervejinha no meu texto. Chega de trocadilhos e vamos às vias de fato (chega de provérbios também). As emoções ao que me referi, senti enquanto via os familiares do mortos de acidentes de trânsito. Não tenho dúvida de que isso influenciará na próxima “cervejada” de minha vida. E ainda falam que a TV não tem responsabilidade social.
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Finalmente voltamos ao tema. Quero dizer com isso tudo, que, quem procura, acha. Temos excelentes conteúdos na TV que nós é oferecida. Poderia dar milhões de exemplos. De coisas ruíns também (mas tenhamos foco). Vou citar algumas boas coisas que são possíveis de se ver ultimamente na telinha:

Temos, na Rede Minas, dois excelentes programas que me vêm à memória agora. São eles, o Planeta Minas, que fala sobre algumas cidades mineiras, normalmente no sentido ecológico e/ou histórico e o Programa Rede Mídia, que discute temas atuais que permeiam o campo das comunicações (semana passada falou da Maísa e mesmo assim foi interessante).

No Canal Futura poderia citar vários, mas vou destacar dois. O Programa “No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais” e o Programa “Chegados”. O primeiro fala de assuntos que nós, comunicólogos, deveríamos discutir sempre, como formatos de vídeos e conteúdos de produções. O segundo conta a história das diferentes nacionalidades que aqui (estou no Brasil e tenho mais faltas que a Janaína) se instalaram e como se instalaram.

O próprio Canal TV Escola, criticado por mim em algum parágrafo anterior, possui programas que, mesmo dando sono, acrescentam conhecimento a nossos ávidos cérebros jovens.

Acho que já falei demais, agora vou embora para o meu sofá, porque está começado o Intercine. Hoje vai passar Garotas Selvagens. Excelente título, imaginem o filme. Imperdível. Ao melhor estilo “irritando a Marcinha à esmo”, então, é isso.

Fica a dica: Quem procura, acha.