quinta-feira, 11 de junho de 2009

Flor, meu amor




Por Giovana Matias

Perdi minha Flor terça-feira. Perdi minha alegria de chegar em casa. Perdi meu aconchego, minha companhia, meu calor.
Quando decidi ter um cãzinho não imaginei que fosse me apegar tanto, muito menos que ao me apegar o perderia tão depressa.
Me lembro direitinho do rostinho dela no dia que a vi pela primeira vez. Um olhar acanhado, uma meiguice que só ela tinha e hoje não tem mais.
Levei-a para casa com um certo receio porque meus pais não gostavam muito de cachorros. Cuidei dela. Alimentei. Fiz tudo que uma boa mãe faz.
Eduquei. "Aqui pode. Não, não!"
Aprendi a amar sem dizer nada, bastava um olhar.
E me senti amada como nenhuma pessoa até hoje foi capaz.
Meus pais passaram a amá-la e nossa casa ficou repleta de alegria. Como um criança que vem, a Flor foi uma benção.
Hoje acordar sozinha, sem ela pra me dar boa dia, me acompanhar até o banheiro, me dar lambidinhas como adeus.
Eu sinto tanta falta.
A casa está limpa, todas as portas estão abertas. Não há nenhum pelotinho nenhuma pocinha. Nossa casa está de luto, fria, calada.
Como um jardim que perde sua mais linda Flor.
O amor que se estabelece entre um cãozinho e seu dono é inexplicável.
Ela foi atropleda e morreu nos meus braços.
É uma sensação horrível, cenas que não saem da minha cabeça por mais esforço que eu faça.
Ela era meu céu, meu chão, minha luz, minha vida.
Onde quer que você esteja, Flor, eu nunca vou deixar de te amar.
A dor pode passar, mas as lembranças e a saudade do seu jeitinho ficarão para sempre em meu coração.
Mamãe te ama. Nenhum cachorrinho será capaz de tomar o seu lugar.

3 comentários:

Gabi disse...

linda, pra sempre...

Thais Pires disse...

Flor eterna nas lembranças!! Lindo texto!!!

Bel disse...

Gi, seu texto ta lindo! Fica firme que a gente ta aqui! ;) beijo!