por Lucilia Bortone
A todos os seguradores de Mini-dv,
Sei que um dos propósitos de todos nós escrevermos neste blog é avaliar como nós nos comportamos ao expressarmos nossa opinião jornalísticamente, num meio que vem crescendo assustadoramente na última década.
Sei que nosso texto tem que ser, de certa forma, original. E dessa vez senti um pouco de dificuldade. Muito porque o assunto da semana fez que o número de posts aumentasse (ok, também é resultado do número de posts que cada um de nós deverá ter ao final desse semestre em Processo III).
"Quando uma noticia não é verídica ela não será evitada pela exigência de que os jornalistas frequentem um curso de formação. É diferente de um motorista que coloca em risco a coletividade. A profissão de jornalista não oferece perigo de dano à coletividade tais como medicina, engenharia, advocacia nesse sentido por não implicar tais riscos não poderia exigir um diploma para exercer a profissão. Não há razão para se acreditar que a exigência do diploma seja a forma mais adequada para evitar o exercício abusivo da profissão", disse Gilmar Mendes, presidente do STF e relator do caso.
Admito que ri. Principalmente pelo que Lula disse sobre a polêmica no Senado (1)(2). Ah, o tal do "denuncismo" e a tal da impunidade...
Não vim aqui defender nem criticar a decisão do STF (mentira, impossível não fazer análises).
Mas escrevo pelo propósito de mostrar outras opiniões sobre o assunto, concordando ou não com elas.
Não vejo como "ficar em cima do muro", mas mostrar abordagens menos fatalistas sobre a "queda do diploma".
Sim, concordo que os argumentos utilizados para acabar com a obrigatoriedade do diploma foram fracos.
Mas como disse uma amiga minha: "se pra ser Presidente da República não precisa de diploma... (insira seu comentário aqui!)".
"Certamente o fim da obrigatoriedade do diploma, decidido ontem no STF por 8 votos a 1, não porá fim ao jornalismo no Brasil. Neste debate precisamos separar duas discussões que não são exatamente a mesma coisa. As reflexões sobre o jornalismo e sobre o status da profissão de jornalista demandam argumentações em separado. Apesar da clara inter-relação entre as reflexões é capcioso afirmar que a não exigência de diploma acabará com a qualidade do jornalismo como um todo".
Esse é o parágrafo inicial do post de Alex Primo em seu blog.
E Alex Primo continua: "Dizer que o webjornalismo participativo, que blogs e que o fim da exigência do diploma representa a morte do jornalismo é assumir que o mesmo é muito frágil, o que não é verdade".
Será mesmo que aqueles que querem ser bons no fazem vão simplesmente apostar no talento para escrever?
Aprimorar esse talento para a escrita é como um atleta sendo lapidado desde cedo para um dia se tornar um campeão.
Precisa de fundamentos. Precisa saber da técnica. Numa peneira, ficam os bons e os talentosos.
Agora que todos podem ser seguradores de mini-dv (créditos a José Luiz Ribeiro) é nossa missão provar se o STF está certo ou não. Idealista, eu sei.
Antes tentar buscar uma onda de otimismo nessa ressaca de pessimismo. Digo isso pelo que o próprio José Luiz nos perguntou nos corredores da Facom. O que une a Facom?
Isso me fez pensar sobre o que une o Jornalismo num todo.
Continuaremos sendo seguradores de mini-dv?
2 comentários:
Triste é segurar uma VHS!!! hehehehehehehe
kkkkkk...triste meeesssmmmooo, ai meu ombro. Mas aaadddooorrrooo perigo, neh Texas!!! ASS: Thaís
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